O Autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), são transtornos que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança. Visando melhorar a capacidade social das crianças com autismo muitos métodos foram criados, um deles atualmente é treinar a sociabilidade através de um robô que identifica e responde a gestos e emoções. O robô tem o tamanho de uma criança de quatro anos, ajuda pacientes a expressar alegria e tristeza, ele responde a estímulos táteis quando o toque é apropriado, reage com animação e empatia, se passa do limite, afasta-se e se recolhe.

O robô (Kaspar) criado na Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, ajuda no tratamento do autismo e faz parte do esforço para preparar cada vez mais as crianças para dividirem os ambientes familiares, sociais e profissionais com todos os que não apresentam a mesma condição que elas.

A inclusão estimula melhora e contribui para reduzir o estigma, mas não é algo simples. O Transtorno do Espectro Autista é composto por diversos distúrbios de desenvolvimento, caracterizado por uma ampla variedade de sintomas e de intensidade desses sinais. Alguns dos mais marcantes são justamente a pouca ou nenhuma habilidade de reconhecer as respostas alheias a gestos ou expressões faciais e de interagir com as pessoas. Limitações assim podem prejudicar seriamente a capacidade da pessoa autista de manter vínculos emocionais e sociais.

Nos testes feitos até hoje na Universidade de Hertfordshire com quase duas centenas de crianças, o robô Kaspar mostrou que cumpre bem seu papel de treinar a criança para interagir em situações cotidianas. “Brincar de alimentá-lo ajudou uma delas a relaxar e fazer pela primeira vez uma refeição junto com os amigos da escola”, contou Ben Robins, um dos criadores do robô. “Outra aprendeu a comunicar melhor os sentimentos após explorar as funções ´triste´e ´feliz´ de Kaspar.”

Assim como o Kaspar os robôs da TRON junto com o Método TRON também tem a capacidade de ajudar jovens com esse transtorno a desenvolverem seu lado social, a forma dinâmica como as atividades são abordadas incentivam as práticas em grupo que levam as crianças a se sentirem mais confortáveis em lidar com outras pessoas e compreender o mundo a sua volta.

 fonte: istoe.com.br/um-robo-contra-o-autismo/